Diagnóstico duplo: transtorno mental e dependência

O diagnóstico duplo acontece quando alguém tem um transtorno mental e, ao mesmo tempo, dependência de substâncias ou comportamentos. Transtornos como depressão, ansiedade e bipolaridade são comuns. Também inclui o uso excessivo de álcool, drogas como cocaína e problemas com jogo online.

Ter um transtorno mental junto com uma dependência complica muito a vida da pessoa. Isso pode levar a mais idas ao hospital, tentativas de suicídio e dificuldades em seguir o tratamento. Além disso, aumenta o risco de ter doenças como infecções e problemas no coração.

Este artigo quer ajudar a entender melhor o assunto, mostrar quão comum é e dar dicas de como identificar logo. Oferecemos também maneiras de tratamento que focam na recuperação completa do paciente. Trabalhamos com uma equipe médica disponível o tempo todo.

Queremos falar com quem procura ajuda e com suas famílias, de um jeito profissional, mas acolhedor. Explicamos termos complicados de forma simples. No Brasil, é muito importante que diferentes serviços de saúde trabalhem juntos para cuidar bem da saúde mental e do combate à dependência.

Apresentamos uma visão clara sobre o diagnóstico duplo. Esse guia ajuda familiares e profissionais da saúde. Ele fala sobre os transtornos mais comuns ligados à dependência.

O diagnóstico duplo acontece quando uma pessoa tem um transtorno mental e um problema com substâncias. É comum essas duas condições aparecerem juntas. Mas, às vezes, elas surgem em momentos diferentes.

Existem várias causas para esses casos, como genética e fatores do ambiente. O uso constante de substâncias pode piorar os sintomas mentais.

Para entender se os sintomas são de um transtorno ou efeito das substâncias, é preciso saber a história da pessoa. Isso ajuda a escolher o melhor tratamento.

Estudos do mundo todo mostram que muitas pessoas têm diagnóstico duplo. Relatórios da saúde mundial indicam essa alta prevalência.

No Brasil, pesquisas revelam que muitas pessoas em atendimento têm ambos os problemas. Há falta de informação e uma necessidade maior entre os mais vulneráveis.

As estatísticas mostram que precisamos de mais serviços que cuidem dessas duas questões juntas. Isso aponta a necessidade de políticas de saúde melhores.

Depressão e dependência costumam andar juntas, especialmente com álcool. Isso aumenta o risco de a pessoa pensar em suicídio.

Pessoas com transtorno bipolar muitas vezes usam estimulantes e álcool, o que dificulta a recuperação.

A esquizofrenia e o uso de cannabis, nicotina e álcool são comuns. Isso pode piorar os sintomas e dificultar o tratamento.

Transtornos de ansiedade e TEPT muitas vezes levam ao uso de substâncias para tentar se sentir melhor. Mas isso pode piorar a situação a longo prazo.

Álcool, cocaína, crack, opioides, e cannabis estão muito ligados a esses casos. Eles afetam a gravidade dos sintomas e a resposta ao tratamento.

A identificação precoce é uma prioridade para nós. Um rastreio inicial ajuda a identificar sinais e a escolher os melhores instrumentos de diagnóstico. A triagem para uso de substâncias deve acontecer sempre em consultas de saúde mental. Isso porque o reconhecimento rápido dos sintomas de dependência e transtornos mentais ajuda a reduzir os riscos e a melhorar o prognóstico dos pacientes.

Procuramos por sinais comportamentais, como o isolamento social. A queda no rendimento escolar ou no trabalho, crises frequentes e atitudes arriscadas também são sinais. Mudanças no sono, apetite e higiene pessoal indicam problemas funcionais.

Os sintomas psiquiátricos incluem depressão, ansiedade forte, alucinações e episódios de mania. Na dependência de substâncias, observamos tolerância, abstinência e a compulsão pela droga.

Alguns sinais de alerta graves incluem tentativas de suicídio e o uso de várias drogas. Também prestamos atenção na falta de apoio social. É importante orientar as famílias sobre o que observar, como mentiras sobre o uso de substâncias, mudanças nos amigos e sinais físicos como tremores.

Utilizamos os critérios do DSM-5 e da CID-11 para identificar os transtornos. Uma anamnese detalhada e avaliar a evolução dos sintomas são fundamentais para usar esses critérios corretamente.

Na prática, usamos escalas psiquiátricas como o AUDIT para o álcool e o ASSIST para várias substâncias. Outras escalas, como o CAGE, PHQ-9 para depressão e GAD-7 para ansiedade, também são usadas aqui no Brasil. Escalas para avaliar psicoses e testes de função cognitiva breves ajudam a completar nossa análise.

Exames toxicológicos de urina, sangue e cabelo ajudam a confirmar a exposição a substâncias. É crucial lembrar que estes testes têm limitações e devem ser vistos como parte de um contexto clínico mais amplo.

Na psiquiatria, a avaliação envolve uma equipe com psiquiatra, médico especialista em dependência química, psicólogo, enfermeiro e assistente social. Terapeuta ocupacional, nutricionista e fisioterapeuta também são importantes para a recuperação. E se for preciso, somamos o infectologista e o cardiologista à equipe.

Nossa equipe integrada foca em definir prioridades: desde a estabilização médica até o controle dos sintomas psiquiátricos. Uma avaliação cuidadosa permite criar um plano de tratamento unificado e objetivos comuns.

A família é parte vital do processo de avaliação e também recebe informações importantes sobre a condição. Mantemos uma conexão estreita com CAPS e outros serviços para garantir um cuidado contínuo. A documentação detalhada, o consentimento informado e revisões periódicas são essenciais para um acompanhamento eficaz.

Usamos o tratamento diagnóstico duplo focando transtorno mental e dependência ao mesmo tempo. Combinamos redução de sintomas, prevenção de recaídas, recuperação funcional e reintegração social. Cada plano é feito para a pessoa, com metas claras para medir o avanço.

Ajustamos medicamentos como antidepressivos e antipsicóticos conforme o uso de substâncias do paciente. Podemos incluir remédios para ajudar a diminuir o uso de drogas. É crucial monitorar a segurança desses tratamentos através de exames e cuidados com interações de medicamentos.

Usamos psicoterapias para ajudar na saúde mental e no combate à dependência. Métodos como terapia cognitivo-comportamental e apoio familiar são fundamentais. Além disso, programas de apoio e reabilitação psicossocial fortalecem o suporte ao paciente.

Estabelecemos critérios para internações e lidamos com crises graves. O plano após a saída inclui acompanhamento, trabalho e estratégias para evitar recaídas. Integramos também atividades como nutrição e exercícios ao cuidado médico.

Avaliamos o sucesso do tratamento através de vários fatores, como diminuição do uso de substâncias e melhoria na qualidade de vida. Mantemos um acompanhamento contínuo para garantir o melhor resultado. Apoiamos o fortalecimento de serviços integrados de saúde no Brasil.

Para mais informações sobre tratamento de dependência, veja este material sobre reabilitação.